Li certa ocasião numa antiga revista denominada Pedrinhas, publicada em Portugal, que havia no Jardim das Plantas, em Paris, uma serpente que todo o dia se alimentava de um cabritinho vivo. Geralmente o animal, aterrorizado, encolhia-se num canto do serpentário, deixando-se abater cobra sem nenhuma resistência. Certo dia, porém, as coisas não foram bem assim. É que tinham dado à serpente um cabritinho de pêlos pretos, que, ao invés de permanecer passivo e se deixar vencer para ser engolido pela cobra, na verdade começou atacá-la aos pontapés e às cabeçadas. Embora todos pensassem que, logo vencido, iria sucumbir, pelo contrário, o animalzinho lutava energicamente a ponto de pôr em risco a vida da própria serpente, razão pela qual o guarda teve que retirá-lo do serpentário. Então, para recompensar o intrépido cabritinho, o diretor do Jardim ordenou que fosse poupado, e que dessem outro cabrito à serpente. “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar”. 1Pe 5.8. “Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis”. Ef 6.13.“... Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós”. Tg 4.7Adaptado do original de Marcel Debrot CorreiaExtraído do livro, Casos e contos que edificam a alma, da editora Reviva
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